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Aguinaldo Eulálio Gonçalves

1948 - 2020

Incansável, acordava cedo assobiando e procurava interessado o que fazer.

“Enquanto houver saudade, eu não te esqueci.”

Ao som de Agnaldo Timóteo e Alcione, Aguinaldo gostava de tomar sua bebida no terraço da casa. Agora, é a filha Rubiane quem conta a história do pai e canta sua saudade.

Esposo, pai, avô e irmão, Aguinaldo foi um exemplo de perseverança, fortaleza e honestidade. Para ele, a palavra dada tinha de ser mantida.

Irmãos, amigos, cunhados, todos recorriam a ele para um conselho ou para a solução de um problema. “Vivia para ajudar os que estavam ao seu redor”, conta a filha.

Em relação aos netos não era diferente. Avô dedicado, “tudo que os netos precisavam, não media esforços para resolver. Tinha loucura por eles”, afirma Rubiane.

Sua rotina começava cedo. Mesmo aposentado, estava sempre procurando algo para fazer e aprender. “Ninguém parava aquele homem”, lembra a filha. “Ele acordava cedo, de bom humor, assobiando para acordar todo mundo.”

“Por ti
Em ti
De ti
Na vida encontrei
Razão de ser
Te agradeço porque
Nasci”
Agnaldo Timóteo

Assim Rubiane finaliza seu canto ao pai, que somou e fez diferença na vida de muitos. Os sons da alegria de Aguinaldo ficarão, assim como seus exemplos. “Obrigada, painho, seu legado não será nunca esquecido”, diz a filha com gratidão.

Aguinaldo nasceu em Recife (PE) e faleceu em Recife (PE), aos 71 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Aguinaldo, Rubiane Maria Bezerra Gonçalves Coelho. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Denise Stefanoni, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 4 de novembro de 2020.