Sobre o Inumeráveis

Aida Rodrigues Bragança

1948 - 2020

De tanta felicidade e amor que tinha em si, compartilhava isso com o mundo ao seu redor.

Aida era uma mulher forte, trabalhadora e cheia de vontade de fazer as coisas acontecerem. Mesmo com pouca estrutura financeira e muitas dificuldades enfrentadas “ela deu tudo de si e mais um pouco para criar sete filhos e construir uma bela família, pautada no amor fraternal, apoio mútuo e ajuda incondicional", relata Eric, seu neto.

Exímia cozinheira, tinha um tempero maravilhoso! Mesmo que às vezes contasse com poucos ingredientes, fazia com que tudo ficasse perfeito ao paladar.

Não guardava sentimentos ruins, muito pelo contrário, tinha um coração gigante, gostava de ver as outras pessoas felizes e se esforçava só para colocar um sorriso no rosto de alguém. Inclusive ela própria tinha um sorriso tão contagiante que fazia qualquer um dar gargalhadas ao encontrá-la.

Dona de um abraço único e sincero, conseguia fazer as pessoas sentirem-se amadas com este simples gesto de afeto. “Era incrível como ela conseguia amar e demonstrar seu carinho aos familiares e amigos (que não eram poucos) na mesma proporção”, relata ainda o neto.

Sabia valorizar perfeitamente cada uma das criações de Deus, amando e cuidando com amor da natureza e dos animais que haviam em sua vida. Fiel seguidora de Jesus Cristo, não deixava que os seus problemas pessoais a impedissem de ir à igreja todos os domingos e, ao chegar, ainda fazia questão de abraçar e beijar as pessoas com prazer. Mensalmente, fazia também o seu melhor esforço para pagar o dízimo.

Entendia o real significado da caridade, tanto que simplesmente tinha vontade de ajudar todos que necessitassem. "Através dela, com certeza, aprendi a amar mais as pessoas”, finaliza Eric.

Depois dos labores desta jornada na terra, deixou a todos agradecidos pelos seus ensinamentos. E ainda vive nos corações dos que a conheciam, sendo recebida em um lugar melhor para descansar.

Aida nasceu em Resplendor (MG) e faleceu em Brasília (DF), aos 71 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo filho de Aida, Peter Lee Bragança. Este tributo foi apurado por Samara Lopes, editado por Marcos Concórdia, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 28 de julho de 2020.