1956 - 2021
Muito preocupado com os filhos, procurou dar um teto para cada um.
Ailton começou a trabalhar cedo e sempre foi muito esforçado. Apaixonou-se por sua futura esposa, começaram a namorar, casaram-se em 1980 e construíram uma família com os três filhos, que nasceram em 1982, 1984 e 1986. Foi um excelente companheiro, principalmente em 2012, quando ela foi acometida por um câncer.
Buscando sempre oferecer o que havia de melhor para os filhos, inclusive estudo, toda vida ele procurou trabalhar em dois empregos. Era muito inteligente e superou os erros que cometeu e os golpes que sofreu na vida, como a morte do filho mais novo.
Em 2018 Ailton submeteu-se a uma laparatomia e esteve entre a vida e a morte. Superou a depressão que veio a seguir e mais uma vez continuou no seu papel de provedor sem deixar que nada faltasse à família.
Conta Regiane, a filha do meio de Ailton: "Meu pai se preocupava comigo, mandava eu usar máscara quando eu estava com ele no hospital, mas eu nem ligava. Eu tentava ser forte. Ele dizia para mim: 'Nem tudo está perdido'. Naquele momento pedi a Deus para não deixar ele sofrer, pois ele foi um homem bom. Tinha um coração enorme e só ajudava as pessoas à sua volta. Meu pai se manteve forte até o dia do meu aniversário. Dois dias depois ele partiu.”
Ailton nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu em Araruama (RJ), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Ailton, Regiane Cristina Lira da Silva. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 16 de maio de 2022.