1966 - 2020
Alex era médico e amava salvar vidas.
"Conheci o Alex em 2005, em Itaporã. Pessoa carismática e excelente profissional. Ficamos muito amigos, todos os dias ele ia na minha casa e me fazia tomar aquele café amargo junto com ele. Me defendeu de um casamento abusivo, me deu força para sair daquela situação. Os anos se passaram e a nossa amizade cresceu, ele mudou de cidade, de telefone, até de esposa, mas a nossa amizade prevaleceu até o final de 2009. Ele salvou a minha vida e a do meu filho, daí por diante o meu amor, agradecimento e admiração por ele só aumentaram. Sempre que precisei de um conselho, de uma palavra amiga, ele estava ali. Sempre disse que só tinha dois amigos, um é Alex. Sinto falta dele, nunca conheci alguém do coração tão grande como, nunca vi um sorriso tão verdadeiro, Deus sabe o tamanho da falta que sinto. Nunca mais vou comer uma galinha tão gostosa como aquela e nunca mais irei roubar na Semana Santa, porque não tem a mesma graça sem ele. Não creio que exista nesse mundo alguém que tenha algo de ruim para falar dele, todos que o conheceram o amaram: crianças, adultos e idosos. Meu coração para sempre terá um vazio, pois falta a sua presença, a sua ligação e mensagem. Te amo para sempre amigo!" declara a amiga Josy Alves Guida.
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"Alex foi uma pessoa de bem com a vida desde criança. Além de ser um excelente cirurgião, sempre preferiu atender os pacientes mais carentes. Cada progresso era o motivo de felicidade para ele. Alex também foi um filho maravilhoso, um irmão parceiro, um sobrinho amoroso, um companheiro sem igual. Algo que só os íntimos sabiam: como cirurgião bancou muitas cirurgias gratuitas. Meu sobrinho tinha um coração maior que tudo. Ele trabalhou em Tocantins, pegando canoa para atender indígenas sem nenhuma remuneração. De Tocantins foi pro Pará, onde faleceu em Redenção. Saudade eterna meu amado sobrinho." declara a tia Irani Bello Macêdo.
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"Estudei com Alex em 1981, no colégio Pedro II, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Ele era um ótimo aluno e muito inteligente. Dizia que queria ser médico. Adorava a aula da professora Josefa de Biologia. Era um rapaz alegre, sempre com um sorriso. Soube que havia conseguido ser médico, e fiquei feliz por ele." conta a colega de classe, Eunice Pereira.
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Um pessoa de sorriso maravilhoso e marcante. Amava café e sua profissão. Dava orgulho de ver ele atuando numa sala de cirurgia ou na emergência. "Conheci Alex no meu estágio de enfermagem e aos 18 anos nos apaixonamos. Ali nasceu uma linda história de amor e cumplicidade, foram 21 anos casados. Ele me deu os melhores presentes: Antonio Victor, Marcus Vinicius e Ana Beatriz. Sempre quis ser pai de uma menina e por isso adotamos a nossa Ana. Alex ficará pra sempre em nossos corações, lembrarei sempre dele com o belo sorriso e sua carisma!" declara a ex-esposa Jacqueline.
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Dr. Alex, um profissional em salvar vidas. Salvou a de Cristiano, em uma cirurgia no apêndice em 2002.
Era uma pessoa inteligente e gentil. Onde trabalhou conquistou amizades saudáveis. Para Cristiano, foi um irmão, companheiro, amigo: "Não consigo acreditar que ele partiu".
Estava em sua profissão, quando adoeceu. Ele é e sempre será o herói de todas as pessoa a quem cuidou e zelou. Hoje está ao lado de Deus, auxiliando-o nesse momento difícil.
"Digo até breve, jamais adeus! Um dia nos encontraremos.
Cuide de todos nós aqui na terra. Aquele beijo enorme em seu coração", se despede Cristiano.
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A compreensão e a solidariedade de Alex foram os fatores que mais despertaram a gratidão de Edilene Cordeiro, que se tornou uma amiga inseparável. "Eu o conheci há 13 anos, quando estava grávida e sem condições financeiras para pagar o parto; ele o fez e arcou com os custos. A atitude fez com que ele se tornasse amigo da minha família. Sempre que ele vinha fazer plantão em minha cidade, em Pedro Afonso (TO), passava em minha casa ou eu ia ao hospital deixar algum lanche. Foram bons momentos que passamos juntos e eu sou muito grata por sua existência."
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"Vivia cada dia como se fosse o último. Sempre dedicado ao que fazia, era por amor que exercia a função de médico. Tinha sempre um cafezinho pra animar o bate papo no refeitório e falar sobre a vida... e como era bom compartilhar as experiências da vida!
Mestre na arte da culinária também, ele fazia com pratos que deixavam qualquer um impressionado. Sempre de bem com a vida, não me recordo de tristeza em seu olhar, pois, a vida era sempre mais importante.
Brincávamos quando o assunto era mulheres, e eu gostava de ouvir as experiências vividas por ele e os conselhos que ele me dava.
O Dr. Alex sabia como viver de bem com a vida apesar das dificuldades que todos nós enfrentamos. Tinha o sorriso a frente de todos os problemas e isso fazia com que tudo ficasse mais fácil de ser resolvido.
Amou a profissão, a vida e os amigos. Gratidão por tudo grande mestre, ao respeito e amor pela profissão, aos nossos pacientes, aos ensinamentos e toda filosofia absorvida no nosso convívio, nunca irei me esquecer." agradece o amigo Wallisson Lopes Santos.
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"Quando penso no Alex, no Leca, no Dr.Alex, me vem na lembrança uma pessoa que amava ser médico e exercia essa profissão por amor, vocação e competência. Ele gostava de cantar, tinha voz potente e amava café. A saudade fica! Meus sentimentos." homenageia a ex-esposa Soraya.
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"Excelente pessoa, profissional, primo e amigo." conta o primo Fernando Vaz Júnior.
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"Eu tive a honra de conhecer e trabalhar com ele, aprendi muito sobre trabalho e a vida. Ele sempre dizia: "Não queira nem saber por onde já andei". Alex amava café, era simples brincalhão e tinha um abraço indescritível. Como médico tinha uma habilidade em entubação invejável, entre tantas outras. Contava histórias, falava da infância, da família, do irmão que foi pra Harvard. Ele amava de fato as coisas simples, como um bife de fígado acebolado e jogar conversa fora, curtia MPB e dizia que tudo que se quisesse se podia ter." se lembra amiga Leonice de Araújo Mourão.
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"Quem conhecia o Alex, independente da idade, o amava. Falo do Leca adolescente. Dos 11 aos 16 anos, sempre divertido no contato quase que diário quando morávamos em casas de frente para outra. Com frequência, o bom dia sonoro vinha quando aparecíamos cada um na sua varanda. Carinhoso com todos, inteligente e admirado. Já deixava a sua marca onde passava. Leca e Alexandre: jovens fáceis de amar. Casa animada com a prrsença de muitos amigos, generosamente acolhidos por Dona Marli e Sr. Gentil. Sinto muito que a distância geográfica tenha nos tenha separado. Queria ter acompanhado a trajetória do Dr. Alex, que partiu deixando bons pensamentos e sentimentos em muita gente. Isto é o resultado de uma vida moralmente bem vivida. De onde estiver, continuará fazendo a diferença em muitas vidas." deseja a amiga Marcia Pinheiro.
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"Conhecia Doutor Alex de vê-lo pelas ruas de Xinguara. Quando tive a oportunidade de ser atendida por ele, me encantei. Super atencioso, mostrou fotos da família, contou da sua vida, seus relacionamentos e a alegria do último relacionamento. Mostrava com orgulho a esposa. Contou história sobre as brincadeiras da mãe sobre seus relacionamentos. Admirável, soube em um momento meu de desespero e dor, me deixar leve e arrancar sorrisos. Saber de sua partida, nos deixou com uma imensa dor. Sensação de impotência diante do vírus.
Alex, obrigada por tudo!" declara a paciente Michelli Berakah.
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Era a simplicidade em pessoa, estava sempre atrás de um café, sua paixão. Surpreendia com sua destreza na cozinha, e que comida maravilhosa preparava! “Ele fazia diferença no mundo, um profissional por excelência, um amigo que gostaríamos de ter pra toda vida”, diz a amiga Andreia.
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Conheci o Alex na casa da Irani. Ele, por ser uma pessoa muito simpática, virou para mim e perguntou: "Você sabia que eu era o pegador da família?" Eu ri e disse que não. Ele era muito divertido.
Enfim... perdemos um grande profissional da Medicina, um grande médico e amigo. O Alex era um bom médico, amigo, alegre, brincalhão, cheio de saúde, paz e amor ao próximo. Deixo aqui os meus sentimentos aos seus familiares e amigos que o amavam. Saudade eterna!
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"Conheci o Alex, sua esposa Olívia e sua pequena, na última viagem que fiz para visitar minha família em Xinguara, no Pará. Dois dias bastaram para que me apegasse. Alex e sua esposa nos convidaram para um almoço de domingo em sua casa. Passamos o dia todo e, quando as outras pessoas que lá estavam começaram a ir embora, eu e mais uma amiga só queríamos ficar mais um pouco, e mais um pouco, e mais um pouco. Suas histórias não deixavam a gente querer ir embora. Rimos muito aquele dia."
"A gente brincava de vôlei, com bola de futebol, a tarde toda, na piscina, fazíamos dois times e ele dizia que a gente só ganhava porque ele era 'velho'... Sempre muito brincalhão!"
"No domingo seguinte o almoço foi na casa da minha mãe, era o dia do meu aniversário. Alex foi e dizia que gostava muito da minha família, da nossa bagunça, que se sentia em casa."
"Eu o conheci como pessoa, encantador, por sinal. E como médico, por todas as suas histórias contadas naquele dia. Sem dúvida, era o mais generoso do mundo, porque olhava muito para as pessoas mais carentes. Gostava de ajudar, independentemente da condição financeira. Exerceu sua profissão até o fim."
"Que Deus o receba com todo amor. A toda família, meus sentimentos. Alex foi um anjo na Terra e agora está ao lado do Pai. Ele fará falta pra sempre!", são palavras de sua amiga Raimunda da Silva.
Alex nasceu Rio de Janeiro (RJ) e faleceu Redenção (PA), aos 53 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido familiares e amigos de Alex. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Maria Eliane, revisado por Lígia Franzin e moderado por Edson Pavoni em 24 de junho de 2020.