1928 - 2020
A imigrante russa que fazia a melhor bacalhoada do mundo.
Filha de pai russo e mãe húngara, Alexandra graduou-se numa época em que o feito ainda era raro entre as mulheres.
Pesquisadora, trabalhou com um dos fundadores do curso de Química na USP e teve um artigo publicado na França. Dedicou-se ao marido, filhos e netos.
Cozinheira de mão-cheia, mantinha viva a tradição russa nas festas de família, e era conhecida por fazer a melhor bacalhoada do mundo, assim como as empadinhas mais especiais. Para beber? Ela sempre escolhia batidas com vodka.
Shura foi uma pioneira. Lutou o quanto pôde contra a Covid-19, apesar da dor por ter perdido um filho pela mesma doença semanas antes.
Alexandra nasceu em São Paulo e faleceu em São Paulo, aos 91 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Ticiana Werneck, a partir do testemunho enviado por esposa de seu neto José Victor, Gabriela Sutti Ferreira, em 19 de julho de 2020.