1938 - 2020
Realizava-se com coisas simples e deliciosas: cervejinha, carne de porco e família reunida.
Seu Alexandre amava as coisas simples da vida. Tomar uma cervejinha e comer carne de porco era um hábito, mas ele tinha uma saúde impecável.
Avó de nove, tinha o delicioso hábito de dar chocolates para os netos. No Natal de 2019, o último que passou aqui, ele e o neto Alexandre, já adulto, crescido, "aprontaram". Os dois estavam na varanda, de olho na leitoa natalina. Pegaram um baita pedaço dela e comeram juntos, sozinhos.
Dono de um bar por toda vida, praticamente, conduzia o comércio sozinho e tinha a companhia de clientes fiéis. Foi incansável no trabalho. Ele amava fazer o que fazia.
Também gostava de estar com os netos, filhos e esposa. Foi o melhor marido, avô e pai para quem teve a honra de nascer na família Belarmino Soares.
Era nas coisas simples e felizes que ele se realizava.
Alexandre nasceu em Baependi (MG) e faleceu em Jacareí (SP), aos 82 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo neto de Alexandre, Guilherme de Almeida Soares. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Talita Camargos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 26 de outubro de 2020.