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Alfeu Peruzato Brasil

1954 - 2021

Dono de grande sensibilidade, amava ler, escrever, ouvir música e cantar.

Alfeu conheceu a esposa, Irene, na saída da escola. Namoraram, casaram e permaneceram juntos por 42 anos numa relação que foi um exemplo na vida! Os dois eram sempre um pelo outro: mesmo depois de tantos anos, ele se mantinha cavalheiro, nunca deixando, por exemplo, que ela carregasse uma sacola.

Foi pai de Leticia e Lúcio e avô de Júlia, Stephani e Leonardo. Um excelente pai que gostava de levar a filha para passear e brincar em praças para que se divertisse e fez sempre o impossível para vê-la feliz. Júlia conta que: “Ele foi o melhor avô que eu poderia ter! Vivia para as netas e, mesmo após crescidas, fazia todas as nossas vontades com um sorriso no rosto.”

E ela continua: “Eu me recordo de todas as vezes em que íamos à praça juntos, e depois, passávamos na locadora para alugar filmes. Quando pequena, ele brincava com os netos, fingindo ser zumbi. Ele amava reunir toda a família para churrascos ou comer a galinhada que minha avó preparava com tanto amor! Ele gostava muito de escrever poemas, listar lugares para viajar e frases de motivação. Guardo comigo o seu caderninho de poemas.”

Nas horas livres Alfeu lia, escrevia, e escutava músicas. Canções regionais e sertanejas eram as suas prediletas. Estava sempre radiante e com suas cantorias, amava escutar músicas gaudérias e ir ao Centro de Tradições Gaúchas da cidade em que vivia.

Seu maior sonho era morar na praia e o grande ensinamento que deixou foi o jeito leve com que levava a vida e a serenidade com que lidava com tudo!

Alfeu nasceu em Portão (RS) e faleceu em Sapucaia do Sul (RS), aos 66 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de Alfeu, Júlia Xavier. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 18 de novembro de 2022.