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Alzira Wilhelms Ventura

1934 - 2021

Ainda na adolescência dava aulas de Português, e aos 40 ingressou no curso de Direito, formando-se advogada.

Ela nasceu em uma família judia, pobre, de uma colônia alemã, e seguiu à risca o que a sua mãe dizia: estudar para ter um futuro melhor.

Começou a trabalhar aos 13 anos, dando aula de português, e nunca mais parou. Trabalhava o dia todo e, depois dos 40 anos, decidiu cursar Direito. Mesmo tendo seu tempo muito limitado para os estudos, quase foi laureada ao se formar. Tornou-se advogada e servidora do Estado.

Todos que a conheciam sempre a buscavam para conselhos, pois possuía a sabedoria de quem aprendera muito com os desafios que enfrentou na vida. Prestativa e generosa, ajudava muitas pessoas de todas as formas possíveis.

Alzira foi casada com Domingo González. Teve os filhos José, Liane e Denise, que lhe deram as netas Walkiria e Marina. Foi a melhor mãe e avó do mundo e a matriarca da família inteira.

“É difícil colocar em palavras tudo que ela significava para a nossa família. Ela era gigante, incansável, invencível. Pelo menos essa era a imagem que eu tinha da minha avó. Ela era capaz de fazer qualquer coisa por nós. Ainda sentimos um vazio enorme pela falta que ela faz. Mas sabemos que ela olha por nós”, diz a neta Marina, encerrando sua homenagem.

Alzira nasceu em Taquara (RS) e faleceu em Porto Alegre (RS), aos 86 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de Alzira, Marina Wilhelms Ventura. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, Lígia Franzin e Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Ana Macarini em 4 de julho de 2023.