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Amarilda Consolação Barbosa

1962 - 2021

Aplicava seus dons de artesã para preparar o mais lindo presépio no hospital em que era enfermeira.

Era uma mulher apaixonada pela vida e muito ligada à família. Os filhos, Yaggo e Morgana, e a netinha Ana Júlia, eram tudo para ela. A neta era o seu xodó. Foi filha, mãe, avó, amiga e tinha por vocação o cuidar.

Profissional dedicada, trabalhava como enfermeira na Santa Casa de Capitólio, em Minas Gerais, lugar onde o seu potencial criativo de artesã era valorizado e muito bem aproveitado no Natal. Era ela quem montava o presépio no hospital, enfeitando com guirlandas e sinos, caprichando nos mínimos detalhes; nem as embalagens e os vidros de perfume eram desperdiçados, pois tornavam-se itens usados na decoração. "Não havia quem não perguntasse sobre o presépio. O seu ótimo astral e carisma alegravam o ambiente de trabalho. Por onde passava, ela angariava sorrisos", diz a amiga Ana Stela.

Uma de suas distrações favoritas era assistir a filmes e séries, sozinha e no próprio celular, usando o serviço de "streaming" que assinava. Também apreciava cuidar do jardim de sua casa, e cuidava tão bem que dava gosto de ver.

Foi uma mulher feliz com a vida, de boa conversa, forte, guerreira, que por meio da profissão que abraçou deixou a sua marca e seu legado. "A sua partida deixou em todos um vazio doloroso e terrível. Deixou também saudades. É inacreditável o que aconteceu. Jamais será esquecida!"

Amarilda nasceu em Piumhi (MG) e faleceu em Passos (MG), aos 59 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela amiga de Amarilda, Ana Stela Soares Cabral. Este tributo foi apurado por Malu Marinho e Ana Helena Alves Franco, editado por Ricardo Henrique Ferreira, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 16 de outubro de 2021.