1957 - 2020
Verdadeira amante de pastéis, era guerreira quando se tratava do filho caçula.
Ana era mulher tão verdadeira que se zangava se alguém brincasse que ela estava mentindo.
Seu filho Dasayff a chamava de "bonequinho do robocope do pica-pau", uma brincadeira entre eles devido aos tremores nas mãos que ela tinha.
Ana Aila teve uma vida com muitos percalços, mas sempre fez de tudo pelo bem dos três filhos. O caçula Dasayff, que morava com ela, se recorda que o dia mais doloroso da vida de sua mãe, sem dúvida, foi quando seu filho mais velho faleceu.
Ele também se lembra de outros momentos especiais: "Uma vez quando fui comprar merenda com uma amiga da minha mãe, ela me disse que a minha mãe me amava tanto, mas tanto, que ela só falava de mim com essa amiga. Tudo que eu queria, mesmo depois de 10 anos de casado, minha mãe fazia. Todos os dias perguntava o que eu queria merendar... Sempre que chego do trabalho espero poder encontrá-la."
Em maio de 2020, Ana chegou ao hospital acompanhada de Dasayff e sua esposa. Uma vez internada, foi aconselhada pelo filho a não chorar. "Quando sonho com ela, sinto que ela está bem." realiza o filho.
A incrível mãe, que adorava pastéis, deixará saudades.
Ana nasceu em Fortaleza (CE) e faleceu em Fortaleza (CE), aos 62 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho de Ana, Dasayff Rodrigues de Sousa Felicissimo. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Maya Matta Lopes, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 4 de fevereiro de 2021.