Ana Lúcia Rodrigues da Silveira

1966 - 2021

Era comunicativa e falante, os amigos e amigas dos filhos tinham prazer em bater papo com ela.

A caçula entre os irmãos e, segundo a filha Ariane, Ana Lúcia era apaixonada pela irmã mais velha, Lígia.

Trabalhou como administradora de empresas. “Mas, quando a vida apertava, fazia qualquer coisa para garantir o sustento da família”, lembra a filha.

Enfrentou dificuldades quando engravidou na adolescência, o que não a impediu de cuidar e amar os filhos mais do que a si mesma. Ariane conta que quando ela ou o irmão Dylan estavam doentes, a mãe ficava em cima o tempo todo: “Mesmo eu tendo 35 anos na época, ela fazia questão de me acompanhar ao médico e falar o que eu fazia de certo e de errado, estilo mãezona mesmo”.

Alegre e de riso frouxo, fazia amizade andando na rua. Era amiga inclusive dos amigos dos filhos. “Todos amavam ficar conversando com ela, às vezes mais do que com a gente mesmo”, revela a filha.

Adorava os sobrinhos e, com um coração gigante, ajudava a todos.

Ana Lúcia também tinha seus dias de fúria, mas tudo se resolvia quando ia à cozinha fazer uma de suas gostosas receitas. Fúria boa para todos que compartilhavam suas comidinhas. Cozinhar era uma de suas paixões, assim como comer torta de limão e tomar coca zero.

Outra paixão de Ana Lúcia era viajar e conhecer novos lugares. E, quando não viajava fisicamente, viajava através da imaginação, assistindo a filmes e séries.

Uma mulher “jovem, alegre, forte e decidida”, resume a filha orgulhosa dessa mãe.

Ariane e Dylan sabem que a mãe viveu intensamente, que ela fez tudo que poderia fazer nessa vida, que amou e superou desafios, que sorriu e acalentou, cuidou e salvou. Por isso, deixa muitas saudades.