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Antonia Anita Chagas

1951 - 2021

Gostava de visitar e ser visitada; ia com frequência à casa de suas amigas, comadres e vizinhos.

Cearense, Antonia nasceu no Angelim e viveu grande parte de sua vida no distrito de Reriutaba. Mudou-se depois para Varjota, onde viveu os últimos dias de sua vida.

Antonia era muito prestativa à família e aos amigos, e cheia de fé e esperança. Morava apenas com sua filha adotiva, numa convivência de sustento e apoio mútuo. Tinha o dom de cuidar, empregado com muita persistência e zelo para tomar conta de seu pai e de dois tios até o final de suas vidas.

Gostava de costurar, e no início da pandemia fez muitas máscaras para doar a quem não conseguia comprar. Sempre que alguém chegava na sua casa fazia questão de passar um café quentinho! Tinha a consideração de, quando partia um conhecido, ir ao seu velório e participar de todo o ritual.

Seu maior prazer era assistir a novelas e acompanhá-las fielmente. Com a mesma fidelidade gostava de ir à missa aos domingos, apesar de isso demandar que ela andasse muito para chegar até a igreja. Era devota de São Francisco e gostava de ir até à cidade de Canindé para assistir às missas na “casa” de Francisco.

“Faleceu apenas três dias após seu aniversário de 70 anos. Será lembrada sempre pelos amigos e familiares que foram marcados pela sua existência e que permanecem na certeza de sua presença espiritual”, diz a sobrinha Ana Carolina.

Antonia nasceu em Reriutaba (CE) e faleceu em Varjota (CE), aos 70 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Antonia, Ana Carolina Melo Queiroz. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 22 de março de 2023.