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Antônio Amaro de Oliveira

1926 - 2020

Praticava ao pé da letra o significado da palavra caridade.

O cearense Antônio Amaro era técnico em fogão a gás e também músico evangélico. Na Congregação Cristã do Brasil, formou a primeira orquestra do Ceará.

Além da música, tinha outro dom, muito especial: ajudar os mais vulneráveis. Diácono da Congregação Cristã do Brasil, era responsável por atender os menos favorecidos, o que fazia com imensa caridade.

Caridade: amor a Deus e ao próximo; disposição para ajudar o próximo, tendência natural para auxiliar alguém que está numa situação desfavorável; benevolência, piedade. Antônio Amaro praticava ao pé da letra o significado dessas palavras.

Era um homem brincalhão, que amava esportes, frequentava academia e defendia sua jovialidade. Não aceitava privilégios em função de sua idade, dizia-se "jovem".

Os filhos Vasti e Gérson recordam-se de um episódio em que o pai, com 80 anos, chegou em casa dizendo que "teve que se fingir de velho no ônibus para ganhar um assento". "E isso foi motivo de boas risadas", lembram eles.

Ganhou dos filhos o apelido carinhoso de "Benjamin Button", aquele personagem do filme de mesmo nome que, com o decorrer do tempo, vai ficando mais jovem, ao invés de envelhecer.

Antônio Amaro encontrou seu amor na juventude, a paraibana Hilda Maria, e juntos viveram uma vida inteira. Casaram-se e desse amor nasceram oito filhos, mas na verdade criaram dez, além de onze netos e quatro bisnetos.

Antônio Amaro faleceu 19 dias antes da esposa Hilda Maria, também acometida pela Covid-19.

Em dezembro de 2020, Antônio Amaro e Hilda Maria completariam 60 anos de casados. Não puderam comemorar aqui suas bodas de diamante, mas parece que as juras de amor foram mesmo eternas. Nem a morte os separou.

Para ler a homenagem à esposa de Antônio Amaro, procure neste Memorial por Hilda Maria de Oliveira.

Antônio nasceu em Boa Viagem (CE) e faleceu em Fortaleza (CE), aos 93 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelos filhos de Antônio, Vasti Amaro de Oliveira e Gérson Amaro de Oliveira. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Cristina Marcondes, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 20 de novembro de 2020.