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Antônio Arestides

1951 - 2020

Ensinou aos filhos e netos valores que cultivou em vida: honestidade, caráter, justiça, amor e respeito ao próximo.

Aos 17 anos, Antônio deixou o Nordeste, sozinho, para trabalhar e construir uma nova vida. Enfrentou dificuldades que não o desanimaram. Ao contrário: “Foi um guerreiro e tornou-se um grande homem”, orgulha-se a filha Rosinei.

Foi casado com Cleide, e por isso era conhecido como o Toninho da Cleide — de quem cuidou, carinhosamente, até o último minuto de sua vida durante o processo de adoecimento. Cleide faleceu quatro meses antes do marido, vítima de câncer.

Antônio era um pai dedicado aos filhos — Rogério, Rosinei, Roberto e Deise — e um avô afetuoso com os netos, Nathalia, Kathleen, Kemelly, Nicholas e Sophia. “Meu pai amava os filhos e os netos. Fazia de tudo por nós. Era nosso herói, sempre pronto a nos socorrer”, relata a filha.

Além de ficar com a família, Antônio também amava tocar sanfona e cuidar da chácara. O amor da família, sustentado em terra fértil com harmoniosas melodias, alegrava seus dias.

Em sintonia com seus semelhantes, Antônio estava sempre à disposição para ajudar a todos. “Ele era capaz de tirar da própria boca para ajudar alguém. Era maravilhoso”, conta Rosinei. Também conhecido como Toninho da Perua e Toninho dos Ônibus, Antônio foi motorista por mais de trinta anos.

A família sente-se confortada por acreditar que Toninho e Cleide estejam juntos, na eternidade. Aqui fica a lembrança dos sons da sanfona e das gargalhadas desse pai e avô que deixa saudade e um legado que será sempre cultivado pela família.

Antônio nasceu em Igreja Nova (AL) e faleceu em Itaquaquecetuba (SP), aos 69 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Antônio, Rosinei Arestides. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Denise Stefanoni, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 20 de janeiro de 2022.