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Antônio de Oliveira Targino

1952 - 2020

Pacificador e generoso, com seu carro de boi ajudou muitas pessoas pelo agreste alagoano.

Seu nome significa inestimável. E assim foi esse homem, cuja simplicidade, honra e honestidade estão preservadas na lembrança do seu genro e compadre Newton.

O seu Antônio muito trabalhou em sua juventude e na vida adulta. Era agricultor e carreiro. E em seu carro de boi transportou água, palma, madeira e outros bens necessários à população de Palmeira dos Índios, em Alagoas. Amava o que fazia, o que materializou-se na vida das muitas pessoas que ele conheceu pela estrada. De "memória extraordinária", lembrava-se de todos, ajudando-os conforme as necessidades de cada um. Antes da pandemia pelo coronavírus, costumava visitar os enfermos, preocupando-se com eles e seus familiares.

A dedicação e cuidado que tinha para com os amigos, igualmente reverberavam em sua família. Das coisas que seu Antônio mais gostava, visitar os familiares distantes destacava-se e fazia falta nesse período de isolamento social. Companheiro de todos, foi irmão de seis, pai de oito, sogro de cinco e avô de 17. Casou-se com a dona Quitéria e com ela faria, em fevereiro de 2021, cinco décadas de história. A tão sonhada missa pelas bodas de ouro reuniria seus filhos, netos, bisnetos, genros e nora. "Celebraríamos essa data marcante em nossas vidas, mas ele partiu antes...", afirma Newton.

Em uma das fotografias que a família, saudosa, guarda, o seu Antônio aparece dando carinho a um dos seus animais. Newton conta que a amorosidade e generosidade de seu Antônio manifestavam-se em todos os seus atos: "Quando um de seus filhos fez um poço artesiano com boa vazão e qualidade de água, meu compadre Antônio fazia questão de pagar a conta de energia gasta no poço, não cobrando nada de quem quer que precisasse da água."

O seu Antônio fez-se inesquecível, também, por sempre oferecer uma palavra amiga e conciliadora. "Nunca criou intrigas, pelo contrário, era um pacificador", afirma Newton, que finaliza sua homenagem dizendo: "Tivemos a missa em lembrança do seu oitavo mês no plano espiritual e, certos de que ele está ao lado do Pai celestial, acreditamos que esteja olhando e protegendo a todos nós."

Seu Antônio, sem dúvidas, está eternizado no coração dos seus irmãos Cosme, Damião, Gerusa, Zé boneta, Vicente e Vivência (em memória); da esposa Quitéria; dos filhos André, Ana Maria, Ana Vitória, Augustinho Vitório (em memória), Ana Cristina, Ana Cícera, Pedro Amarílio e Sebastião Alex; da nora Thaísa e dos genros Newton, Wiliam e Adalberto; dos netos e bisnetos Fernando, Thais, Victor André, Vinícius André, Lara Beatriz, Nathalia (também afilhada), Carol, Victor, Sophia, Ana Clara, Marília, Marina, Mariana, Cecília, Nicole, Alícia e Ana Laís.

Antônio nasceu em Palmeira dos Índios (AL) e faleceu em Palmeira dos Índios (AL), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo genro de Antônio, Newton Sérgio de Assis Sousa. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Luciana Fonseca, revisado por Lícia Zanol e moderado por Rayane Urani em 23 de fevereiro de 2021.