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Antônio Galvão Cirino

1954 - 2020

Acreditava em sua fé e na ciência. Nunca deixou de lutar pela saúde dos pacientes que atendia.

Seu Antônio Cirino, Cirino, Nico. Tantos nomes e apelidos para designar um mesmo alguém; um homem honrado que gostava mesmo era de ser chamado de "meu ébano" porque era um "negão de tirar o chapéu", como conta a filha Vanessa. Vivia cheio de desculpas bem-humoradas para o seu jeito mulherengo de ser e sempre foi um pai maravilhoso.

Tinha sempre uma boa história, uma palavra ou um conselho. Era discreto e sabia guardar segredos, e também era a quem os filhos buscavam para contar suas travessuras. Além de ter ajudado a esposa na criação dos filhos, foi um avô carinhoso, desses que fazem até música de ninar para a neta.

Era um empreendedor nato, flamenguista e amante do samba. Antônio Cirino também era um homem estudioso, intelectual e completamente temente a Deus. Tinha muitas ideias e sonhos, era uma pessoa de pouca fala e sabedoria imensa. Um poeta!

Considerado funcionário "essencial", encarou o trabalho durante a pandemia porque acreditava em seu propósito. Lutou bravamente contra a Covid-19, e agora "descansa com a paz de quem viveu e amou intensamente", afirma Vanessa, que sabe que o pai deixou saudades em todos que o conheceram.

Antônio nasceu em Guaratinguetá (SP) e faleceu em Niterói (RJ), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Antônio, Vanessa Pereira Cirino Rodrigues. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por Larissa Reis, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 3 de maio de 2022.