1934 - 2020
Tinha o dom da palavra e seu maior talento foi ensinar sobre amor e caridade.
"Seu Toninho foi a pessoa mais simples e inteligente que conheci. Ensinou a todos a lição do amor e da caridade", conta a neta Giovana.
Era reservado, porém, muito carinhoso e preocupado com a família. "Ver a família reunida, com todos os filhos e netos presentes era seu maior prazer", diz a neta. Ele sempre dizia que Deus foi generoso dando-lhe tudo o que desejou: a família, a casa e todos reunidos.
À mesa, ele gostava de comida simples. Tutu de feijão, ou qualquer outro prato da comida mineira. "Meu avô gostava muito de ler e assistir futebol, principalmente jogos do Palmeiras. Ele tinha o dom da palavra, suas histórias vão ecoar para sempre na minha memória", diz Giovana.
Uma das histórias mais emocionantes se passaram justamente antes do período do isolamento acarretado pela pandemia. "Em uma conversa com a minha mãe, sua filha mais nova, ele falou de um por um dos integrantes da família e do orgulho que tinha de cada um deles. Hoje parece uma despedida. Foi uma conversa linda", lembra-se Giovana.
Antonio deixou sua "Branquinha", três filhos, oito netos e dois bisnetos, fora os sobrinhos, primos e netas que a vida lhe deu. Além de muita saudade, ele deixou muitos aprendizados.
Antonio nasceu em Muzambinho (MG) e faleceu em Rio Claro (SP), aos 85 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta de Antonio, Giovana Goulart Fernandes. Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Ticiana Werneck, revisado por Emerson Luiz Xavier e moderado por Rayane Urani em 26 de maio de 2021.