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Antônio Pereira da Silva

1956 - 2021

Apreciava muito as ocasiões em que era possível reunir todos e garantir a farra, pois sua alegria era contagiante.

À primeira vista, ele até podia confundir alguém com sua cara fechada, mas a verdade é que rapidamente qualquer um percebia seu grande coração: estava sempre de prontidão para ajudar todos ao seu redor. De mãos dadas com sua esposa, sempre recebia seus familiares e amigos com alegria, e de braços abertos.

Sua maior satisfação era estar no sítio, onde podia plantar, colher e até cavalgar. Por sinal, amava os animais! Passarinhos então, nem se fala. Ao fim do dia, o que ele mais gostava era de se juntar aos sobrinhos para conversar e se divertir.

Antônio foi um pai e tanto, um verdadeiro protetor para suas filhas que zelava por elas querendo que estivessem "sempre debaixo de suas asas". Também entregou todo seu carinho a Breno, seu filho de criação. Aliás, amava toda a parentada. Valorizava tanto a união dos seus que a frase derradeira dita à enfermeira foi: "Eu amo muito minha família, eles são tudo para mim". O sentimento era recíproco da parte de todos, especialmente do primeiro neto, Samuel, cópia escrita de Antônio que é só saudades do avô.

Com a sua partida a filha Aleska rememora saudosa: "Eu era muito apegada a meu pai, por isso até hoje sinto muito a falta dele. Está sendo muito difícil, porque tudo dele era resolvido comigo. Mesmo sendo a caçula, era eu quem estava ali pra tudo com ele".

Hoje o legado desse grande homem é a promessa das filhas, Aleska e Ayslanne, de continuar a fazer as coisas que ele gostava, de honrar a família e de jamais abandoná-la.

Antônio nasceu em São João do Cariri (PB) e faleceu em Campina Grande (PB), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Antônio, Aleska Rayanne Macedo Silva. Este tributo foi apurado por Larissa Reis, editado por Ana Helena Alves Franco, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 31 de agosto de 2021.