1950 - 2020
Um homem admirado por sua calma e paciência. Gostava de conversar e de ajudar as pessoas.
Antonio era um homem íntegro e que certamente poderia ter Paciência como um de seus sobrenomes. Era calmo e estava sempre de bom humor.
Ficou conhecido por toda a cidade de Redenção, onde foi um dos pioneiros, ao decidir fincar raízes na localidade que, na época, ainda se chamava Boca da Mata, no interior do Pará. Lá, o ainda jovem Antonio montou o Mercado Araújo, fez história, amizades e, além do respeito, ganhou um novo sobrenome: Araújo. E assim, ficou conhecido por "Antonio Araújo" e, sobretudo, por sua solidariedade e respeito ao próximo.
Além de um "pai perfeito e um marido exemplar", a filha Izadora afirma categoricamente que ele foi "a melhor pessoa que ela já conheceu".
"Ao conversar com ele, as gargalhadas eram certas. Ele era amoroso e nunca se estressava com nada. Uma pessoa calma e amada por todos, com ele não tinha frescura, nunca o vi sair do sério. Gostava muito de conversar com todos e, apesar das muitas dificuldades que teve durante a vida, nunca reclamava. Era um homem que servia a Deus", conta Izadora.
Antonio tinha uma mania peculiar, que nunca se entendeu ao certo, mas que fazia parte de sua rotina diária: ele passava praticamente as 24 horas do dia em sua calculadora, uma daquelas antigas e barulhentas. Ah, e ele fazia questão de não deixá-la no modo silencioso. Vai entender...
Como pai, marido, amigo e um dos pioneiros da cidade, Antonio fez seu legado, marcou definitivamente a vida de muitas pessoas e deixou uma eterna saudade!
Será sempre admirado e lembrado por todos como um homem calmo, paciente e que gostava de ajudar o próximo.
E, talvez, como no livro "O Homem que Calculava", de Malba Tahan, a história de Antonio seja um paralelo à de Beremiz Samir, um viajante com dons intuitivos que encontra soluções; assim como ele, que amava os números e encontrou sua vida a partir de sua viagem a Redenção, no Pará.
Antonio nasceu em Patos de Minas (MG) e faleceu em Redenção (PA), aos 69 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Antonio, Izadora Ribeiro Finelon Pereira. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Mateus Teixeira e moderado por Phydia de Athayde em 8 de janeiro de 2021.