Aquizafe Oliveira Canavieira Júnior

1999 - 2020

Aproveitou a vida sobre duas rodas; sua habilidade com motos lhe rendeu o apelido de Pai do Grau.

Conhecido como Júnior, Aquizafe foi um jovem que sabia como poucos cultivar as amizades que possuía. É assim que o descreve a prima Louise, que ressalta ainda que, “por mais que não demonstrasse, por seu semblante sério, ele era meigo, doce e admirável”.

Sua timidez não deixava revelar todo o seu amor pela música. A prima se recorda de Júnior tocando o seu violão, pelos cantos, como se não houvesse amanhã, apreciando intensamente cada canção. Mas esse Júnior tímido transformava-se quando estava na companhia de sua moto, a grande paixão de sua vida.

Equilibrando-se sobre uma das rodas, Júnior enchia-se de coragem para fazer o grau: aquela manobra em que a roda dianteira fica no ar. Por essa proeza, foi até intitulado de Pai do Grau. Além dessa aventura, gostava de velocidade: “Era praticante de 'motocross'”, destaca a tia Rose.

A moto era a sua marca, tanto que “a tia Domingas não podia ouvir barulho de moto, que já pensava que era ele se aproximando para ajudá-la”, conta emocionada a prima Louise, que completa dizendo: "O Júnior era extremamente prestativo. Por mais que reclamasse, estava sempre lá, dando uma ajuda”.

A partida, aos 21 anos, deixou alguns sonhos por realizar, como o de entrar para o exército e o de ser pai. A prima lembra como era engraçado ver o primo todo convencido quando diziam que o sobrinho, filho de Gisele, era parecido com ele.

Em uma passagem rápida pela vida, Júnior foi esse menino tímido e corajoso, que amava o barulho da moto e ficava contente com as coisas que conseguia fazer com ela. "Seja feliz, eterno Pai do Grau! Esse é o desejo da sua família".