Aristides Leal de Oliveira

1988 - 2020

Flamenguista roxo, ensinou à filha, sua outra grande paixão, a torcer como ele pelo time carioca.

Nascido na capital do forró, o paraibano Aristides, ou apenas Tide, era o mais animado dentre a "primaiada" que se reunia aos finais de semana na casa da avó. "Éramos uns quatorze primos e o mais engraçado e espontâneo era ele. Tide divertia os encontros de todo mundo. Era o cara das piadas, o que imitava os outros e sempre fazia dar boas risadas", conta o primo-compadre José Júnior.

Sorte daqueles que têm primos para chamar de irmãos. Assim era o relacionamento entre Aristides e José Carlos Júnior. "Difícil descrever a nossa parceria. Quando ele soube que a namorada estava grávida, veio falar comigo. Eu apenas tive coragem de responder que era algo normal, o ciclo da vida se renovando. Ele agradeceu as palavras e me convidou para ser o padrinho da filha dele", relembra José.

Aliás, o amor de Tide pela filha era incalculável. Nas horas livres, gostava de passear no shopping com ela e com os amigos, tomar banho de piscina, de mar e de assistir às partidas do Flamengo na TV.

"Uma vez Flamengo, sempre Flamengo, Flamengo eu sempre hei de ser [...]. Vou conhecer o Maracanã!", disse o apaixonado rubro-negro. E conseguiu no ano de 2020. Tide era daqueles torcedores fanáticos: tudo o que encontrava do Flamengo queria comprar. "Ensinou a minha afilhada a ser como ele", ri o primo-irmão.

Aristides estava se preparando para a prova da OAB. Graduado em Direito, tinha um grande desejo de "se firmar" como advogado. "Isso provou que Deus tem um propósito real para as nossas vidas", reflete José Júnior, pontuando: "Tide eu convivemos a vida toda. Com ele, não havia tempo ruim. Se chamasse para festa, ele ia. Se era encontro familiar, estava por lá. Por isso, não deixemos de buscar nossos sonhos e de cultivar o afeto pelo próximo todos os dias!".