Arlindo Alves de Oliveira

1942 - 2020

Gostava de exercitar a memória com a leitura diária dos periódicos de notícias, jogos de palavras e com dominó.

Aos 16 anos Arlindo deixou a cidade de Poções na Bahia rumo a São Paulo com a intenção de conseguir trabalho e construir uma vida melhor.

Em um de seus muitos empregos, apaixonou-se pela moça da casa vizinha com quem se casou aos 25 anos e construiu sua família. Criou quatro filhos, cinco netos e um bisneto. Sua esposa vivia dizendo que tirou a sorte grande, pois Arlindo era ótimo pai e marido excepcional.

Homem íntegro, aposentou-se por tempo de trabalho em 1997 como funcionário estatutário na prefeitura de São Bernardo do Campo.

Era conhecido por não ficar parado e caminhar muito para resolver seus assuntos. Uma de suas qualidades era ser extremamente responsável com seus compromissos. Pagava suas contas criteriosamente e dizia sempre: "Só faça uma dívida depois de pagar a primeira!"

A alegria dele era ver a família bem e feliz. Fez de tudo para que os filhos tivessem uma educação adequada. Dizia sempre que o estudo deveria ser priorizado, tanto que só aceitou que trabalhassem caso isso não os atrapalhasse nos compromissos escolares. Uma das filhas casou, e mesmo assim Arlindo continuou bancando seus estudos.

Com sua aposentaria, enfim passou a dispor de tempo para dedicar-se aos filhos e aos seus lazeres. Gostava de jogar dominó, fazer palavras cruzadas e ler o noticiário. A verdade é que para ele ler o jornal diariamente era mais que um passatempo, acreditava que esse exercício diário ativava a memória, assim como o hábito de escrever para se manter ativo mentalmente.

Assim era o seu Arlindo - uma pessoa sem vícios na vida, alegre e que amava viver, viveu realizado e muito saudável.