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Arlindo Francelino

1944 - 2020

Não trocava seu feijão-verde com maxixe e quiabo por nenhum prato de luxo.

Arlindo Francelino foi um homem de poucas palavras, cem por cento honesto. De hábitos alimentares que honravam suas origens e sua simplicidade, não trocava o seu feijão-verde com maxixe e quiabo, por nenhuma comida mais atual ou sofisticada.

Desde sua infância respirava trabalho, e assim permaneceu até se tornar homem adulto, responsável pelos seus. Lutou muito para criar os filhos. Mesmo com poucos recursos, nunca permitiu que faltasse nada à sua família. Jamais deixou de honrar seus compromissos.

Arlindo era dono de uma fisionomia séria; era um homem calado; às vezes até um pouco bruto, dada a sua maneira direta de falar e resolver as coisas. No entanto, tinha um coração grande de amor e preocupação pela sua família.

Nunca teve grandes luxos; seu único meio de transporte foi a sua bicicleta Monark, que o levava para todo canto. Seu passatempo preferido era sua grande criação de galinhas, à qual devotava seu tempo, paciência e dedicação.

Arlindo, mais conhecido como BOI, junto com Carmelita, sua esposa e parceira de vida, construiu uma linda família, seis filhos, dez netos e quatro bisnetos.

Infelizmente Arlindo partiu no dia 13 de maio de 2020, no mesmo dia que seria o seu aniversário, chegou e foi-se deste mundo no mesmo dia. Esta data, que antes era de celebração à vida, agora se tornou um dia de perda e dor.

Arlindo, deixa saudades em seus filhos, netos e bisnetos, por ter sido um excelente pai, avô e bisavó. Todos nós sabemos em nossos corações que, mesmo sendo de pouco falar, com sua personalidade mais reservada e silenciosa, foi um ser humano que inspirou GRANDE respeito! E, por ter sido esse exemplo de honra e retidão, seus ensinamentos guiarão nossos passos para todo o sempre.

A história da esposa e parceira de vida de Arlindo também está guardada neste memorial e você pode conhecê-la pesquisando por Carmelita Medeiros Francelino.

Arlindo nasceu em Santa Rita (PB) e faleceu em Santa Rita (PB), aos 76 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo neto de Arlindo, Paulo Henrique Medeiros da Silva. Este tributo foi apurado por Ana Macarini, editado por Ana Macarini, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 19 de setembro de 2020.