Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Seu olhar se perdia e se encontrava na paisagem do engenho, no verde que rompia a terra, brotava e frutificava.
Quando estava em uma reunião, era ele quem alegrava todo mundo.
Não trocava seu feijão-verde com maxixe e quiabo por nenhum prato de luxo.
Nordestina faceira e perfumada, sorridente e de unhas sempre feitas, que fazia o melhor "din-din" da Paraíba.
A música fez parte de sua vida, fosse nas bandas com a turma da escola ou na alegria das festas juninas paraibanas.
Um jornalista de estilo poético, cujos maiores legados foram a bondade e a fraternidade.
Assobiava o dia todo; e não deixava de jogar na loteria e de assistir aos telejornais.
Sempre que podia, viajava para o sertão da Paraíba para comer um tradicional bode na brasa.
Paraibano que amava ouvir forró e era pai de uma princesinha.
Como bom policial que foi, movia-se no amor a Santa Rita.
Ajudava a quem precisava, com carinho e cuidado, e iluminava a todos com sua alegria.
Era tão alto-astral que contagiava quem convivia com ele.
Acreditava que sonhos foram feitos para serem concretizados e que o mundo foi feito para ser desbravado, visitado e conhecido.