INUMERÁVEIS

Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.

Santa Rita (PB)

Antonio Francisco de Morais Cavalcanti Sobrinho, 60 anos

Seu olhar se perdia e se encontrava na paisagem do engenho, no verde que rompia a terra, brotava e frutificava.

Aristides Alves de Oliveira Neto, 32 anos

Quando estava em uma reunião, era ele quem alegrava todo mundo.

Arlindo Francelino, 76 anos

Não trocava seu feijão-verde com maxixe e quiabo por nenhum prato de luxo.

Carmelita Medeiros Francelino, 73 anos

Nordestina faceira e perfumada, sorridente e de unhas sempre feitas, que fazia o melhor "din-din" da Paraíba.

Etervaldo Pereira de Lima, 32 anos

A música fez parte de sua vida, fosse nas bandas com a turma da escola ou na alegria das festas juninas paraibanas.

Francisco Alexandre Nunes, 64 anos

Um jornalista de estilo poético, cujos maiores legados foram a bondade e a fraternidade.

Hermano Mariano da Silva, 69 anos

Assobiava o dia todo; e não deixava de jogar na loteria e de assistir aos telejornais.

José de Arimatéia Tomaz da Costa, 58 anos

Sempre que podia, viajava para o sertão da Paraíba para comer um tradicional bode na brasa.

Luiz Flávio Polucena, 40 anos

Paraibano que amava ouvir forró e era pai de uma princesinha.

Marco Cirino Cunha, 56 anos

Como bom policial que foi, movia-se no amor a Santa Rita.

Maria das Dores Caetano Soares, 52 anos

Ajudava a quem precisava, com carinho e cuidado, e iluminava a todos com sua alegria.

Romualdo Gonzaga Bezerra, 69 anos

Era tão alto-astral que contagiava quem convivia com ele.

Walmir Antônio de Araújo Lobão, 60 anos

Acreditava que sonhos foram feitos para serem concretizados e que o mundo foi feito para ser desbravado, visitado e conhecido.

não há quem goste de ser número
gente merece existir em prosa