1954 - 2020
Sempre presente, em seu coração, em primeiro lugar, estava a família.
Querido por todos, Arlindo foi quem, após a partida dos pais, cuidou dos familiares. "Ele era como um pai para mim", conta a sobrinha Herlandia.
Na juventude, foi caminhoneiro. Já na vida adulta, passou a trabalhar com tratores e prestava serviços para a prefeitura de Gandu, cidade baiana em que nasceu.
Embora gostasse do trabalho, paixão mesmo ele tinha pela família. E fazia de tudo por ela. "Quando adoeceu, meu tio ainda estava construindo uma casa na roça para passarmos os finais de semana, reunidos", diz Herlandia.
Ele era muito presente na vida dos familiares "agregados", dos filhos Marcos, Cassia e Thais, e dos sete netos. Arlindo também foi um esposo exemplar, "grudado" em Auriceia, com quem viveu por mais de 30 anos.
"Quando possível, eu passava na casa deles para tomarmos café juntos. Assim que ele me via, disparava a cantar a música 'Lady Laura', de Roberto Carlos. Depois disso me dava a bênção e perguntava como minha família e eu estávamos", lembra a sobrinha.
Ela prossegue, dizendo que a lembrança da cantoria do tio, ao vê-la, ficará marcada. E encerra sua homenagem: "Ele foi morar na casa de Deus e deixa em nós, familiares, uma saudade tão grande que não cabe em nossos corações".
Arlindo nasceu em Gandu (BA) e faleceu em Itabuna (BA), aos 66 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela sobrinha de Arlindo, Herlandia Argolo Lopes. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Luciana Fonseca, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 3 de outubro de 2020.