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Artur Laruccia dos Santos

1974 - 2021

Comemorava todo "mesversário" da neta Luísa, fazia questão de celebrar cada instante de felicidade.

Amava os filhos, Lucas e Fernanda, e a esposa Lidiane, com quem viveu por vinte e três anos. Amava os pais, Artur e Norma, e sempre foi um filho presente, ajudando em tudo que podia. Era bastante ligado aos irmãos, William, Miriam e Ester, assim como a todos os sobrinhos, parentes e amigos.

Tinha prazer em trabalhar na Prefeitura de Praia Grande; era amado pelos colegas, e também fazia questão de demonstrar a eles o seu afeto. Apreciava música, violão e churrasco. Amava Deus.

Artur teve a alegria de conhecer a sua primeira neta, Luísa, antes de nos deixar. Todo mês ele fazia questão de comemorar o dia em que ela nasceu. "Parecia exagero, mas hoje vejo a importância de aproveitar cada momento da vida", reflete a irmã Ester.

Em 2021 fez uma viagem às praias do Espírito Santo em família. "Lembro de uma foto que ele compartilhou nas redes sociais com uma frase da sua esposa: 'Se existe uma vida melhor, não deve prestar'", conta Ester.

Em uma conversa com sua irmã, falou de seus sonhos. E não eram poucos: mais de 50! Incluíam fazer mais viagens e ser fluente em inglês. Tinha ânsia pela vida, alegria de viver, queria sempre aproveitar tudo.

Ester deixa ao irmão, em nome de toda a família e amigos, uma mensagem: "Adeus, irmão! Você já cumpriu seu papel neste mundo. Difícil para quem te ama é viver aqui sem você!"

Artur nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Mongaguá (SP), aos 47 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela irmã de Artur, Ester Laruccia Penido. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Ester Laruccia Penido, revisado por Elias Lascoski e moderado por Ana Macarini em 30 de setembro de 2021.