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Augusta Machado Dantas

1942 - 2020

Entre uma balinha e outra, a doce matriarca soube adoçar a vida de todos ao seu redor.

Dona Augusta era daquelas mulheres fortes, o pilar e o orgulho da família. Sempre que algo acontecia, era a ela a quem todos recorriam para desabafar e receber sábios conselhos.

Ao chegar em sua casa, eram recebidos com aperitivos e ela fazia de tudo para agradar a cada um, e conseguia!

Mulher de fé, aparentemente nada a abalava. Seu maior sonho, que realizou, foi ter um negócio próprio ─ uma lojinha de doces. Amava vender deliciosas guloseimas em seu comércio. Lá ela se realizava. A loja tinha tudo o que se pode imaginar: balas, chicletes, pirulitos, biscoitos, salgadinhos...

Augusta tinha um pequeno defeito, porém: sempre que pedia ao marido Jair para ir ao mercado fazer umas comprinhas, era comum se esquecer de anotar alguma coisa, o que fazia com que ele fosse seguidas vezes atender a seus pedidos.

Os cinquenta e três anos de união do casal foram pautados por uma relação de muito amor. Juntos tiveram cinco filhos e nove netos, que vó Guta amava e cuidava com paixão.

O sonho realizado de Augusta era doce, assim como deve ser sua nova vida ao lado de Deus.

O marido de Augusta também foi uma das vítimas da Covid-19 e tem uma linda homenagem neste Memorial. Você pode conhecê-la procurando por Jair Saboia Dantas.

Augusta nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu , aos 77 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela neta de Augusta, Thainá Rocha Dantas. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Lígia Franzin em 28 de janeiro de 2021.