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Benedito de Paula Cunha

1956 - 2021

Movido pelo gosto de ouvir músicas antigas, ele se divertia.

Dito tinha 8 irmãos, infelizmente o seu pai faleceu quando ainda eram crianças, sua mãe precisou os criar sozinha, ela fez isso da melhor maneira possível. Os que tiveram o prazer de sua companhia ao longo de sua uma vida, dizem que seu legado será sua humildade, que o acompanhou por toda sua jornada.

Trabalhava como padeiro, por muitos anos acordava de madrugada, tinha épocas que virava as noites na padaria. Suas mãos atrofiaram pelo ofício de amassar repetidas vezes as massas que preparava, ele havia se aposentado recentemente, por conta disso.

Morava no mesmo terreno que outros familiares, todos sempre foram muito próximos um dos outros. "Meu pai sente muito a falta dele, se viam diariamente. Ele adorava meu filho, meu filho é muito carinhoso" relembra Marcella, sua sobrinha.

Dito ia todo dia na mercearia do irmão dele, ele tinha um Chevette prata, no qual ia para todos os lugares da cidade. É lembrado, porque tinha um grande coração e era muito divertido. "Feliz com o que tinha, viveu na humildade, muito simples e alegre", conta a sobrinha.

Apaixonado por futebol, Dito era torcedor do Atleticano Paranaense e Corinthians. Gostava de assistir filmes de ação, reportagens e canais esportivos também adorava sair para caminhar. Um homem livre, que encontrava felicidade nas coisas mais simples do dia a dia.

Ditão como era conhecido pelo mais próximos, deixa um legado de amor perpetuado em sua família. O seu brilho e felicidade estará presente na memória dos seus. Não existe jogo de futebol, sem que você seja lembrado com carinho.

Benedito nasceu na Lapa (PR) e faleceu em Campo Largo (PR), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Benedito, Marcella Cunha Bueno. Este tributo foi apurado por Luma Garcia, editado por Luma Garcia, revisado por Magaly Alves da Silva Martins e moderado por Rayane Urani em 27 de janeiro de 2022.