1947 - 2020
Quando alguém perguntava se algo estava bom, ouvia dele: “Tá bom demais". Tudo sempre estava.
O agente de saúde que levou prevenção, tratamento e cura a muitos de Tomé-Açu, no Pará.
“Banjo” para a esposa, “Dico” para os amigos, era ainda o “Banjo da Sucam” para as muitas famílias que visitava, exercendo a profissão que amava. Para os filhos, foi pai no melhor e mais completo sentido dessa palavra. Foi ótimo esposo.
Ele adorava viajar: foram poucas, mas das viagens que fez gostou muito.
Trabalhador, ajudou muitos na luta contra a malária, leishmaniose e outras. Foi agente de endemias e até o final cumpriu sua missão, ainda em serviço aos 72 anos.
Tinha o “coração mole”, diz a Dra. Cléia, filha que lhe deu a alegria de ver médica. “Ele estava aguardando a mesma alegria do filho, mas não houve tempo. Sempre atendeu a quem pedia.” Quando ela demonstrava preocupação com a saúde do pai, ele dizia: “Eu estou bem, filha, estou por aqui até Ele precisar de mim lá em cima”.
E precisou.
“Era meu pai, meu porto seguro”, ela encerra.
Benedito nasceu em Acará (PA) e faleceu em Ananindeua (PA), aos 72 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Benedito, Cleia Carvalho de Oliveira. Este tributo foi apurado por Hélida Matta, editado por Hélida Matta, revisado por Gabriela Carneiro e moderado por Rayane Urani em 23 de agosto de 2020.