1958 - 2020
Também conhecido como Kaká do Coco, conquistava rapidamente seus clientes com alegria e carisma.
Pensar em Carlos Eduardo é pensar, inevitavelmente, numa pessoa de bem com a vida. Foi alguém que estava sempre com um sorriso no rosto, que tinha uma personalidade forte, mas que ao mesmo tempo era muito carinhoso e atencioso com as pessoas, fossem de sua família ou não. Costumava levar alegria para todos os lugares por onde passava e transformava a energia do ambiente.
Construiu uma relação muito tranquila com os irmãos, a mãe, o filho e também com a esposa, com quem foi casado por duas décadas. Para além do amor romântico, o casal tinha também um bonito laço de amizade. Carlos tinha igualmente ao seu lado alguns primos queridos: Murillo e Marco Antônio, com quem dava boas risadas; Dr. João Virgílio, por quem tinha uma enorme gratidão; e Cláudio, um amigo que era para todas as horas. Essas pessoas todas colaboraram para que Carlos levasse a vida da maneira leve que sempre levou.
Trabalhou como motorista profissional por vinte e nove anos. Era muito feliz e sentia muito orgulho exercendo a profissão, ele amava o que fazia. E, independentemente de qualquer contratempo que acontecesse, que em outras situações poderiam gerar um desencantamento, Carlos Eduardo permanecia com sua felicidade e seu sorrisão sincero. Quase nenhum problema tirava sua alegria, estava sempre rindo e brincando com todos. Era uma pessoa amiga, bem-humorada e uma ótima companhia.
Depois de um tempo, deixou o antigo serviço e começou a vender água de coco. Rapidamente conquistou a clientela com seu carisma e até recebeu deles um apelido carinhoso: Kaká do Coco. O novo vendedor e seu apelido fizeram sucesso, e acabaram se tornando ponto de referência na região.
Gostava de estar perto da família e dos amigos. Apreciava um bom churrasco e pescados e, para a sobremesa seus preferidos eram o pudim e a mousse de maracujá. Mas não era difícil agradar seu paladar, gostava de comer de tudo e também de cozinhar, mas sempre deixava para trás uma leve baguncinha na cozinha.
Carlos Eduardo foi também uma pessoa muito religiosa, era grato a Deus por tudo em sua vida. E assim, juntamente à sua fé, seu carisma e bom humor não serão esquecidos. Sempre que se lembrarem dele, a memória será acompanhada de um belo sorriso, que nunca faltou no rosto de Carlos.
Carlos nasceu em Apiacá (ES) e faleceu em Guarapari (ES), aos 62 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela esposa de Carlos, Isabel Cristina de Souza Laurindo Silveira. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Gabriela Pacheco Lemos dos Santos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 24 de junho de 2021.