1971 - 2021
Era apaixonado pelas danças nos bailes dos Centros de Tradições Gaúchas.
Disposto a ajudar a todos sempre que necessário, Caco, como ele era conhecido, teve seu apelido dado pela irmã, ainda quando criança. Já adolescente, morou muito tempo com o seu irmão mais velho, sendo considerado como um filho.
Rancor não fazia parte da vida dele, e por mais que tivesse alguma briga, a mágoa logo passava e tudo ficava bem. A facilidade em perdoar também se demonstrava em outras qualidades de Caco, pois era uma pessoa calma e paciente. Isso era constatado por seu talento para fazer trabalhos artesanais, como bancos, cadeiras e armários, que precisam de atenção e tranquilidade.
O trabalho era questão de felicidade, pois adorava o serviço. Era operador de retroescavadeira, gostando sempre de comentar sobre o serviço e de falar sobre as máquinas e os caminhões com que trabalhava. Um de seus irmãos relata que Caco era um profissional competente e dedicado. Em seus momentos de lazer, uma das diversões que mais lhe trazia alegria eram os bailes de Centro de Tradições Gaúchas, pois tinha paixão pela dança.
Ele era o mais novo de quatro irmãos, tinha dois filhos e uma neta, que para ele era tudo de mais precioso: quando esteve hospitalizado pela primeira vez, ela foi a sua força.
Carlos nasceu em Porto Alegre (RS) e faleceu em Nova Tramandaí (RS), aos 49 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo irmão de Carlos, Sergio Luiz Sentinger. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Amanda Laroque Bormida, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 30 de novembro de 2021.