1952 - 2020
Ele tanto chamou a todos de Jacaré, que acabou ganhando esse apelido. E distribuiu muitos outros, sempre sorrindo!
Roberto, Carlinhos e Jacaré eram algumas das maneiras de chamá-lo.
Ele não media esforços para ajudar o próximo, fazia isso com paixão e era muito querido por todos. Uma pessoa verdadeiramente simples, prestativa e sorridente. "É impossível lembrar dele e não vê-lo tomando aquela cervejinha, sempre sorrindo. O seu sorriso verdadeiro era o seu passaporte", conta Carlos Alberto, filho que carrega, além das boas e eternas lembranças, um dos nomes do seu pai.
Por muitos anos, trabalhou como mecânico de manutenção. Desempenhava com louvor o ofício, e tinha saudades do trabalho. Se na lida era muito sério, ainda assim não perdia de vista a diversão. Tanto chamava as pessoas próximas de "Jacaré", que assim ficou conhecido.
Dar apelidos era uma das especialidades de Jacaré. Ah, os seus sobrinhos que o digam! Não escapavam: era "Pica-Pau", "Jacaré de parede" e tantos outros apelidos, sempre disparados pelo tio, com o seu típico sorriso.
Jacaré foi um excelente avô. Amava brincar com os seus netos. Era uma das suas mais sinceras paixões. "Às vezes, enquanto minha mãe dava bronca neles, meu pai, sempre os defendendo, dizia que os netos são apenas crianças", conta Carlos Alberto.
Agora, Jacaré está alegrando o "andar de cima" com o seu jeito brincalhão, o seu sorriso e a inesquecível simplicidade do olhar.
Carlos nasceu em Guarulhos (SP) e faleceu em São Paulo, aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho de Carlos, Carlos Alberto Monfardini. Este tributo foi apurado por Michelly Lelis, editado por Luciana Fonseca, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 2 de agosto de 2020.