Cassia Maria dos Santos

1953 - 2020

Um coração cheio de bondade e abnegação em que só cabia a vontade de ajudar.

Alex, o primogênito de Dona Cassia, é quem escreve esta carta aberta:

Ô mãe...
Selecionei alguns momentos nossos para mostrar ao mundo o quanto éramos felizes ao seu lado. Para mostrar o que todos já sabiam, mas que faço questão de deixar registrado para a posteridade:

Sua abnegação, sua candura, sua disposição em ajudar o próximo e em contribuir com os mais necessitados.
Tinha muita pureza no seu coração enorme. Dele, transmitia apenas coisas boas e gestos de carinho e afeto.
E não importa para você se já era da família ou se havia acabado de te conhecer, a receptividade seria a mesma e tomaríamos juntos o famoso "café com bobagens".

Você, que decidiu dar uma grande virada na vida ao ir morar perto dos filhos, decidiu cuidar do ex-marido deficiente e dedicar-se a ele para ajudar os filhos a tocarem suas vidas.

Você, que na maior ingenuidade do mundo, acreditava nas pessoas e na bondade do ser humano. Prova disso são as tantas faturas parceladas no seu cartão de crédito pessoal, resultado das diversas compras que fazia para as pessoas que não tinham acesso (e que, verdade seja dita, todas estão honrando os compromissos).

Você, que se preciso fosse, tirava comida da própria boca, roupa do próprio corpo e dinheiro que não tinha na própria carteira para simplesmente ter o prazer de ajudar.

Ô mãe...
Que esse seu legado permaneça e que sua passagem pela Terra sirva de exemplo e contagie todas as pessoas a acreditarem no melhor que o ser humano pode dar de si ao próximo. Te amo infinitamente.

Saudades eternas de seus filhos, sua nora Ana Cristina, seu neto Hugo. Para todos nós, tem sido realmente como o palavrão que o Bira, seu ex-marido, dizia.

Esta foi nossa última homenagem, que encerramos com a repetição de uma frase marcante da nossa família:

Presente pro alto!
Presente pro alto!
Presente pro alto!