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Celina de Almeida Freire

1931 - 2020

Bondade e fé serão suas eternas marcas.

Celina ficou viúva cedo. Não casou mais e nem teve filhos. Mas a maternidade esteve presente em cada gesto de amor para com os muitos sobrinhos durante toda a sua vida.

O café do fim de tarde em sua casa tinha sempre boas histórias e risadas. Como ela ficava feliz ao ser visitada!

Se alguém precisasse desabafar, ela era um confessionário fiel e sigiloso. E, com a mesma discrição, procurava ajudar material e moralmente quem se encontrava em necessidade.

A Tia Celina estava sempre por perto. Era elegante e muito bem-educada. O que lhe tirava um pouco do prumo eram os problemas do país, por causa dos desmandos políticos. Mas, devota de Nossa Senhora que era, até o fim nunca perdeu a fé na vida e em dias melhores.

Celina nasceu em Pesqueira (PE) e faleceu em Recife (PE), aos 88 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo sobrinho de Celina, Plínio Bezerra de Almeida Neto. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Lígia Franzin, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 1 de setembro de 2020.