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Cicera Maria de Moura

1954 - 2020

Uma mulher forte, que misturou felicidade, muito amor, bondade e deixou de lembrança um rastro de luz aos seus!

Como começar a falar dessa mulher sem dizer que ela era inesquecível?! A Dona Ciça, Ciça ou Vó Ciça, marcou a vida de todos que a conheceram. Não tinha quem não gostasse dela.

Casada com o Sr. Mário, essa mulher forte, lutou com seu esposo para criar os quatro filhos: Regina, Ricardo, Rosy e Arthur. Fez tudo por sua família, com o maior amor.

Essa família cresceu e Vó Ciça ganhou cinco netas... cinco mulheres para alegrar de vez sua vida! Não tinha paixão no mundo maior do que por essas netas. Ela as tinha como um verdadeiro prêmio.

"Minha avó era um poço de felicidade... transbordava alegria e emoção. Ela era a luz de nossas vidas! E para melhorar, uma cozinheira de mão-cheia! A melhor que já conheci. Sua comida não tinha igual... deliciosa!", conta Maria Eduarda.

Sempre foi dona de casa e festeira demais! Sua casa era o local onde a família se reunia para comemorar as datas festivas. Sim, ela não deixava passar uma: Natal, Réveillon, Carnaval, São João... sempre animada, dançando e com um sorriso no rosto. Assim, a neta diz que ela se sentia feliz: rindo, conversando e estando com seus filhos e netos.

Ela gostava muito de música... um bom samba! Seus preferidos eram: Benito di Paula, Martinho da Vila, Alcione e também Roberto Carlos. Essa felicidade e amor pela vida ficarão registrados nos corações de quem teve o prazer de conhecer a Ciça.

Mulher de muita fé, muito religiosa, gostava de assistir à missa, diariamente. Era devota de Nossa Senhora Aparecida e nos ensinou o amor ao próximo... a ajudar, sem olhar a quem.

Dona Ciça era assim: conhecida por todos pela sua bondade fora do comum. Sempre cuidando de todos, esquecendo, às vezes, até de si mesma. Se ela visse alguém necessitado, o pouco que ela tivesse, dividia.

"Vó, seu cuidado conosco era um presente. Só tenho lembranças boas... de seus comentários engraçados, fazendo todos rirem com suas piadas. De te ouvir dizer que nos amava. Da mãe e avô incrível que você foi! Obrigada por tudo!", diz, com carinho, Maria Eduarda.

Cicera nasceu em Paripueira (AL) e faleceu em Maceió (AL), aos 66 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela neta de Cicera, Maria Eduarda Lima Silva. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Denise Pereira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 4 de julho de 2020.