1946 - 2020
Tinha um sorriso largo e contagiante. Teve cinco filhos, mas foi mãe de muitos outros.
Casou-se aos 18 anos, virgem, de véu e grinalda, como gostava de frisar (risos). Teve cinco filhos. Separou-se aos 27 anos - um horror para a época.
Mulher negra, de pouco estudo, mas que lutou uma vida inteira para criar seus filhos com dignidade. Sem lamentar. Ela sambava na cara de cada adversidade.
Sorria um sorriso largo. Largo o bastante para contagiar de alegria todos que se aproximassem. Ela chamava de "meu filho" o catador de lixo, o carteiro, o entregador...
Clarinda Maria foi uma guerreira amorosa, devota de Nossa Senhora. Mãe, avó e bisavó. Deixou órfãos não apenas os seus, mas uma legião de amigos, que hoje choram sua partida.
"Te amo, mãe!", disse a filha Scheila.
Clarinda nasceu no Rio de janeiro (RJ) e faleceu em Niterói (RJ), aos 74 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Priscilla Fernandes, a partir do testemunho enviado por filha Scheila Paula Fagundes Vargas, em 22 de julho de 2020.