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Cleidimar Ferreira Barbosa

1972 - 2020

Na memória de amigos e alunos, uma professora que ensinou muito mais que sua matéria.

“Fazia a melhor lasanha de berinjela!”, garantem suas amigas Thatyanne e Marina. Mas Cleidimar “não se via em outra profissão: amava ser professora”.

Lecionava português e inglês no ensino médio. Foi tão querida pelos alunos que eles, ao saberem de sua morte, e apesar das restrições, foram homenageá-la no portão da escola, afixando cartazes em sua memória.

Era uma mulher destemida. Nunca demonstrou medo “antes da covid-19. Depois que a doença surgiu, seu maior medo era contraí-la”, relata Marina.

Cleidimar, que tinha senso de humor, adorava reunir amigos “pra jogar conversa fora”, continua Marina. Gostava de churrasco. Para vestir, preferia preto, branco e vermelho. Apreciava os próprios cabelos e tinha nos pais seus maiores educadores. Sua canção predileta era “O sol”, de Vitor Kley.

Admirava pessoas humildes e se aborrecia com as mentirosas. “Trabalhava muito pra melhorar cada dia mais sua qualidade de vida no futuro”, prossegue a amiga. Para Marina, Cleidimar gostaria de ser lembrada “por sua força e dedicação tanto na vida pessoal quanto na profissional”.

Cleidimar nasceu em Catalão (GO) e faleceu em Formosa (GO), aos 48 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelas amigas de Cleidimar, Marina Montalvão dos Santos e Thatyanne Grazielle M. dos Santos. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Joaci Pereira Furtado, revisado por Joaci Pereira Furtado e moderado por Rayane Urani em 10 de setembro de 2020.