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Clodoaldo Mate

1972 - 2020

Transformava tristeza e vazio em esperança e alegria.

Chegou à família Zanfir, com 18 anos, ao enamorar-se de Cristiana, sua companheira de vida. Não demorou muito para aquele garoto franzino, trabalhador e muito educado conquistar o respeito e a admiração de todos. Tempos depois, casou-se com Cristiana e, nesses trinta anos juntos, dedicaram-se por completo à vida familiar e um ao outro.

Clodo, como era chamado, tinha três pilares na vida: família, igreja e trabalho. Amava tudo que fazia e fazia tudo muito bem-feito!

Empenhava amor e cuidado, de forma admirável, à esposa e aos seus três filhos: Guilherme, enfermeiro recém-formado, com uma vida repleta de planos, com o qual o pai sonhava junto; Gabrieli, a quem protegia com unhas e dentes; e o caçula Germano, que veio para completar a família e transbordá-la de pureza e alegria. Clodoaldo honrou, todos os dias, sua família como a recompensa mais valiosa que o Senhor lhe deu.

Como Pastor, teve a preciosa missão de levar a palavra de Deus para todos que dela necessitavam. Mantendo-se sempre preocupado e amoroso com o próximo e, principalmente, temente a Deus.

Na vida profissional, dedicou-se por quase vinte anos como eletricista no Hospital São Vicente de Paulo, deixando saudade em todos que conviveram com ele: “Não tem como não se lembrar do Clodo, onde a gente olha tem o trabalho dele, em cada parede, teto, equipamentos instalados têm a mão dele”, dizem seus colegas de trabalho.

Colorado apaixonado, gostava de assistir futebol e, como bom gaúcho, os finais de semana eram regados a chimarrão com erva boa e churrasco; sempre exigente com a carne, que chegava ser enjoado. A verdade é que Clodoaldo não precisava de muitos motivos para reunir os amigos e a casa logo ficar cheia, sua alegria contagiava todos, sempre foi bom de prosa.

Impossível não se lembrar também do quanto era bom conselheiro, tinha o bonito dom de transformar a tristeza e o vazio, em esperança e alegria aos corações: “Se o assunto para resolver era sério, a gente consultava o Clodo, sempre muito sincero e otimista”, conta Glaciana, sua cunhada e comadre.

Enquanto os dias passam, ficam as boas e inumeráveis lembranças de quem com Clodo conviveu, alimentando a esperança de um reencontro em um lugar bem melhor que aqui, ao lado de Deus.

Clodoaldo nasceu em Barracão (PR) e faleceu em Passo Fundo (RS), aos 48 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela cunhada de Clodoaldo, Glaciana Zanfir. Este tributo foi apurado por Milena Flor Tomé, editado por Andressa Vieira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 9 de agosto de 2020.