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Creuza Vasques Feliciani

1950 - 2020

Abria sua casa a quem necessitasse, independente de religião ou etnia.

Do coração do tamanho do mundo, dona Creuza foi enfermeira por anos e sempre era chamada para ajudar quem precisasse. Abria sua casa a quem necessitasse, independente de religião ou etnia. Seu amor aceitava cada pessoa do jeito que era.

Teve uma vida dura. Perdeu os pais logo nova e estudou em colégio interno. Mas encontrou um ótimo marido. Esposa exemplar, casada por 53 anos com Roberto, construiu uma família de muita união. Defendia Paula, Roberta e Fabiana, suas filhas, com unhas e dentes e amava incondicionalmente seus seis netos.

"Falo mesmo! Se não gostar, problema seu", dizia ela.

Adorava festas e, principalmente, o Natal. E não tinha quem não gostasse de sua comida: suas mãos eram de fadas. Fazia bolos e salgados para ajudar na renda da família.

Dona Creuza era muito querida por todos que a conheciam e deixa saudades em quem fica. Para sempre amada.

Creuza nasceu São Paulo e faleceu São Paulo, aos 70 anos, vítima do novo coronavírus.

História revisada por Mariana Coelho, a partir do testemunho enviado por filha Roberta Feliciani, em 25 de outubro de 2020.