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Daniel Martins Brasil

1954 - 2020

Um homem bom que ensinou através do seu exemplo de perseverança e generosidade.

Daniel era a alegria e a diversão da família. Os sobrinhos não se cansavam de, repetidamente, assistir a cena moleque, e ao mesmo tempo encantadora, em que jogava para o alto uma tampa de refrigerante com as mãos e a fazia pousar suavemente na testa. Era como mágica!

Ele tinha o poder de agregar a família ao seu redor para contar mil histórias, mesmo que fossem repetidas, reinventando-as e tornando-as cada vez mais engraçadas. Uma das preferidas era a que ele protagonizava uma quase morte por problemas de pressão ainda na juventude, só que na verdade a pressão não era arterial e sim de uma panela. Contou-a diversas vezes com ar de troça, contagiando a todos que o ouviam.

"Meu tio era assim, dono de um dos melhores sorrisos que eu já conheci e de um coração generoso, tão grande que precisava mesmo de muito espaço no seu corpo de guerreiro", lembra com carinho o sobrinho Carlos Eduardo.

Daniel casou-se com seu primeiro, e eterno, amor: Eliane. Com ela, teve Daniel Filho, Danieli e Davyd.

O empresário adorava contar piadas. Foi ele quem ensinou o sobrinho Eduardo a gostar das músicas de seu conterrâneo Falcão, cantor famoso por suas composições cômicas.

“Tio Daniel era uma pessoa totalmente voltada à família e aos amigos. Era feliz com as coisas simples da vida”, conta Eduardo.

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Dani era alegria! Gente do bem, alegre, gozador e acolhedor. Seu jeito de abraçar era único, protegia.

Filho, irmão, esposo, tio, pai, cunhado maravilhoso. Sua memória vai nos trazer sempre sorrisos como ele sempre fazia com sua presença. Os sobrinhos, quando crianças, ficavam extasiados com as "mágicas" que ele fazia.

"Nosso Dani tinha o dom de reunir em volta dele as pessoas para conversar, contar histórias engraçadas ou para comer, o que ele adorava!" conta a cunhada Adaise Brasil.

Daniel nasceu Fortaleza (CE) e faleceu Fortaleza (CE), aos 65 anos, vítima do novo coronavírus.

História revisada por Julio Casimiro, a partir do testemunho enviado por sobrinho Carlos Eduardo Romanholi Brasil, em 23 de maio de 2020.