Sobre o Inumeráveis

Daniela Hoffmann

1992 - 2020

Uma mulher linda, de sorriso fácil. Batalhadora, não se deixava vencer pelas adversidades da vida.

Dani, como carinhosamente a chamavam, era uma mulher linda, que amava a vida. Morava com a mãe, Janete, em Xanxerê, uma pequena cidade no oeste catarinense.

Muito dedicada, começou a trabalhar cedo para ajudar a mãe. Formou-se em Administração em 2017.

"Ela guardou dinheiro e no início de 2020, convidou a mãe para uma viagem. Queria conhecer o nordeste brasileiro", conta sua prima Ana Cláudia. Mas a viagem teve que ser adiada devido à pandemia. Agora, será feita apenas pela mãe, em homenagem à filha.

"No seu aniversário, alguns dias antes de ser diagnosticada com covid-19, pediu para a mãe fazer um bolo", diz Ana Cláudia. "Ela não queria bolo de padaria. Queria o bolo da mãe. E comeu tanto bolo! O último".

Tinha planos de mudar-se para São Carlos para ficar mais perto da família (tios, tias, primos e primas). Queria ir aos bailes para se divertir com a mãe. Segundo Dani dizia, "os bailes de lá são muito bons".

"Hoje ela está na cidade onde queria estar, mas não da forma como a família desejava", diz a prima. E conclui: "Menina linda, cheia de vida e saúde, de sorriso fácil, tornou-se luz para guiar o caminho das pessoas que ama".

Daniela nasceu em Faxinal dos Guedes (SC) e faleceu em Xanxerê (SC), aos 28 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela prima de Daniela, Ana Cláudia Hoffmann. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Marilza Ribeiro, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 10 de setembro de 2020.