1955 - 2020
Após vencer o câncer, arrecadava fundos para o tratamento de pessoas com a mesma enfermidade, coordenando leilões.
Seja nos desafios da vida ou nos da profissão, Darci foi um verdadeiro batalhador. Ao longo da vida trabalhou como caminhoneiro, açougueiro e agricultor. Foi um homem simples, que nunca teve luxo. Gostava muito dos momentos no campo e da lida com os animais.
Dono de uma risada fácil, era apaixonado por futebol e curtia acompanhar o desempenho do seu time do coração, o São Paulo. Não perdia um 'Especial de Final de Ano', já que era um fã assumido do Roberto Carlos. Nas horas livres gostava de jogar paciência no computador e bater papo com os amigos.
As pessoas que o conheciam admitem que, verdade seja dita, era um pouco teimoso e mandão: preferia as coisas do jeito dele, mas era a personificação da generosidade.
Casou-se com Vera e teve três filhas - Márcia, Maristela e Mariana. A elas dedicou grande atenção, sempre se preocupando com a proteção e a formação delas. Demonstrava todo seu amor e carinho tanto por meio de seu cuidado como também através das inevitáveis broncas. Amou desmesuradamente os netos. Sua alegria era ter todos reunidos em sua casa aos domingos, ou para um churrasco, ou para comer um frango caipira.
Em 2004, Darci descobriu um câncer e realizou todo seu tratamento no Hospital de Câncer de Barretos, atual Hospital de Amor. Ficou fascinado com o atendimento de qualidade que teve. Tanto que em 2005, após terminar o tratamento, iniciou com o apoio de seu amigo Paulo um trabalho continuado em prol dessa instituição. Dali em diante, todos os anos coordenou os leilões no município de Braúna e apoiava todos os que precisavam de tratamento contra a doença. Amava esse trabalho voluntário. "Tinha um coração gigante!" destaca a filha Márcia.
Em todas as relações que cultivava, Darci era amoroso e solidário. Foi muito resiliente, nunca desanimou diante dos obstáculos e não tinha o hábito de reclamar.
A filha Maristela ressalta que o amor do pai, de fato, transformou muitas vidas. "Ele partiu muito cedo, deixando uma saudade sem fim. Deixou um vazio enorme em nossas vidas, mas na mesma proporção nos marcou profundamente com amor e alegria."
Darci nasceu em Braúna (SP) e faleceu em Braúna (SP), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelas filhas de Darci, Maristela Brogin e Márcia Cristina Brogin Pavani. Este tributo foi apurado por Larissa Reis, editado por Ana Helena Alves Franco, revisado por Fernanda Ravagnani e moderado por Rayane Urani em 25 de agosto de 2021.