1956 - 2020
Equilibrava poeticamente seu jeito meio doido com a capacidade de ser a melhor amiga que alguém podia ter.
Era uma pessoa desapegada, alegre, excelente profissional e de uma generosidade indescritível. Sabia ser aquela amiga para todas as horas, como poucas, relata sua grande amiga, Virgínia, que conta: "Eu e Deyse éramos como água e vinho. Já discutimos muito, mas também já nos socorremos em outros tantos momentos! Só quem tem grandes amigos entende o que é esse tipo de relação: amigas-irmãs."
De peito apertado, Virgínia lembra que Deyse estava recomeçando a vida mas, infelizmente, agora não mais terminará a construção da nova casa no Maranhão, e nem as duas irão se rever na próxima estação. "Não haverá primavera sem você. Te amo e jamais te esquecerei", diz emocionada a amiga.
Quando relações são interrompidas assim, além da saudade resta a lembrança de detalhes poderosos. Virgínia fala da "bonita força para recomeçar" que Deyse tinha. É a mesma que ela terá de usar agora, até que elas se reencontrem e a primavera possa, finalmente, chegar.
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Ela tinha um sorriso cativante, mesmo quando estava triste. Ninguém sabia de suas batalhas, já que lamentar não era seu lema. Amava viver intensamente. Amada foi e para sempre será.
Deyse nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu em São Luís (MA), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela amiga e pela sobrinha de Deyse, Virginia Maria G de Almeida e Bárbara Regina Salles Brasil Vallim. Este tributo foi apurado por Flávia Gonçalves, editado por Denise Pereira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 17 de agosto de 2020.