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Domingos da Vitória

1942 - 2020

Dominguinhos era a mansidão, a meiguice e a fidelidade.

Esta é uma homenagem de Alexandra para o seu pai, Domingos:

Dominguinhos, como era carinhosamente chamado, era dono do olhar mais meigo e doce que já vi.

Sempre dizia que, se pudesse, comeria peixe todos os dias de sua vida. E, por ironia do destino, a sua última refeição no hospital foi peixe.

A mansidão, a delicadeza, a honestidade e a fidelidade de meu pai conquistaram o coração da minha mãe. Por isso, cresci ouvindo e vivenciando o amor, o respeito e a união. "Ah, que casal lindo!", era um dos elogios que sempre escutavam.

Cuidava de todos, mas acabou esquecendo de si mesmo. Por este motivo, não temos mais o marido, pai, avô e amigo amoroso e conselheiro.

Ah, pai... Que saudades dos seus sorrisos mais doces, da sua voz delicada e de chorar em seu colo, onde sempre encontrei abrigo.

Até breve!

Domingos nasceu em São Mateus (ES) e faleceu em São Mateus (ES), aos 77 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Domingos, Alexandra Ferreira da Vitória de Oliveira Sepulchro. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Mariana Lopes, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 18 de dezembro de 2020.