1949 - 2020
Fã de um bom papo, gostava de reunir a família para provar seus quitutes.
Dona Edileusa, como era conhecida, era fã de um bom papo e com ela nunca faltava assunto, fosse com seus vizinhos de longa data ou com a família. Receber os amigos dos filhos e netos era uma alegria, pois era sempre uma chance de longas e boas conversas.
Apesar das muitas dificuldades pelas quais passou em Cajueiro, cidade em que nasceu, ela se casou jovem e teve oito filhos com o marido Cícero, com quem viveu por 50 anos.
Fazia questão de reunir a família no fim e no começo do ano, na Sexta-feira Santa, no dia das mães e no dia dos pais. Suas receitas de pão de forma e suas comidas de festa junina davam um sabor inesquecível a esses encontros.
Foi professora e diretora de escola e, nas horas vagas, gostava de costurar e bordar. Sábia e generosa, dividiu também muitos ensinamentos com a família e os amigos.
Superar as adversidades parecia não lhe amedrontar. “Enquanto demonstrávamos preocupação com algo, ela encarava tudo com uma naturalidade incrível”, lembra com ternura o neto, que afirma como uma das características mais marcantes de avó a capacidade de “sempre ter uma visão positiva das situações, mesmo nos piores cenários”.
Edileusa nasceu em Cajueiro (AL) e faleceu em Maceió (AL), aos 71 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo neto de Edileusa, Tainã Melo. Este texto foi apurado e escrito por Klebson Candido, revisado por Renata Chebel e moderado por Rayane Urani em 29 de maio de 2020.