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Edilson Dias Leão

1964 - 2020

Sem chamar a atenção, dedicou-se de corpo e alma ao cuidado e à solidariedade.

O maranhense Edilson sabia fazer “como ninguém” um típico prato do Pará: o pato no tucupi. Ele adorava cozinhar, apesar das jornadas exaustivas como médico. Certamente o fazia ao som de Elton John, seu cantor predileto – como lembram suas amigas Joelma e Mari, que acrescentam: “Era discreto quanto à vida pessoal, não gostava de holofotes”.

Para se manter atualizado no cuidado dos “pequenos” que tanto amava, o pediatra Edilson era assíduo frequentador de congressos. Sua atenção ia muito além dos contatos no consultório. “Ligava para saber se estava tudo bem, atendia ao celular a qualquer hora do dia ou da noite”, escrevem Joelma e Mari.

Médico das redes privada e pública, Edilson jamais fez distinção entre os pacientes: tratava todos com a mesma dedicação. “Salvou muitas crianças. Entre elas, meu filho, por diversas vezes”, testemunha uma das duas amigas.

Seu desejo de cuidar e ajudar prosseguia nos trabalhos comunitários em que se empenhou. Não por acaso, sua morte “deixou de luto uma cidade inteira”, conforme relatam Joelma e Mari, que constatam: o generoso cinquentão Edilson agora brilha no céu, iluminando o caminho dos que ficaram.

Edilson nasceu em Montes Altos (MA) e faleceu em Imperatriz (MA), aos 55 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelas amigas de Edilson, Joelma Gomes Araújo e Mari Marconcine. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Joaci Pereira Furtado, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 16 de agosto de 2020.