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Edite Vieira Lima

1933 - 2020

Sempre sentava na frente de casa para conversar com as vizinhas.

Gostava de tomar chá, cidreira era o seu preferido.

Edite foi uma colaboradora fiel de campanhas de arrecadação de alimentos. Quem chegasse precisando de um prato de comida, remédio ou qualquer outra coisa que estivesse ao seu alcance, ela ajudava.

"Quem chama por Deus, é válido" é uma frase que ela sempre dizia.

Ficou viúva muito jovem, em seu primeiro casamento. Por falta de recursos e para conseguir trabalhar, precisou deixar os filhos com familiares. Mesmo assim, a relação da família era próxima. Rolinho, José, José Nilton e Joel sabem que tiveram uma mãe guerreira.

"Reencontrá-la, na adolescência, foi muito emocionante (...) foi o momento mais lindo", conta José, filho de Edite. "A lembrança que eu vou ter, é a do cheiro do café que ela fazia, além do seu hábito de acordar cedo."

Edite era muito querida por todos ao seu redor e, sem dúvidas, sua grande virtude foi a bondade.

Edite nasceu em Salto da Divisa (MG) e faleceu em Pau Brasil (BA), aos 87 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo filho de Edite, José Vieira Lima. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Naiara Araújo, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 26 de junho de 2020.