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Edny de Fátima Espínola Leal

1958 - 2021

Amava a arte, o mar, as flores e enxergava a vida como uma grande celebração.

Esta é uma carta de Rafaela em homenagem à sua sogra, Edny:

De tanto amar o mar, ela tornou-se o próprio. Vezes revolta, outras calmaria, mas sempre profunda e intensa. De tanto amar as flores (orquídeas), ela se tornou uma. Delicada, rara e marcante.

Amava viajar, era a aventura em pessoa. Transformava qualquer coisa em arte. Sua passagem na terra foi um espetáculo. Pintava quadros, pintava o sete, adorava uma folia! Tudo era motivo para festa. Ela fazia a festa. "Temos que comemorar a vida!", dizia.

Professora, ensinava não só História, mas também o amor a Deus e à vida. Ah, a vida! Por que a sua foi tão breve? Nunca iremos compreender... Você ainda tinha tanto para ensinar, tanto para viver. Tantos sonhos para realizar. Tantos pudins para fazer.

Cabe a nós ficar com as lembranças e os aprendizados que nos deixou. E cabe a você, agora, enfeitar e decorar a sua nuvem de plumas, paetês e purpurina. E não estranhemos se, algum dia desses, o céu estiver rosa ao entardecer. É você dando seu toque especial com sua cor preferida. Te amaremos para sempre, nossa Niní querida!

Edny nasceu em Guarapuava (PR) e faleceu em Guarapuava (PR), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela nora de Edny, Rafaela Cristina do Nascimento. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Renata Meffe, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 16 de abril de 2021.