1969 - 2020
Mulher de garra e muita fé, será lembrada como heroína por sua dedicação no cuidado do próximo.
Cuidar dos outros era o que dava sentido à vida da técnica de enfermagem Eliane, carinhosamente chamada de Lili ou Eli pelos amigos.
Ela amava o que fazia e buscava sempre se aperfeiçoar, por isso um dos seus passatempos preferidos era assistir vídeos relacionados à sua profissão.
Mas, além de profissional, era também uma mãe incentivadora e amorosa que tinha um abraço de urso e dava beijos apertados. Anne Caroline e Mayara Alice, suas filhas, eram a sua paixão maior. No seu Facebook deixou registrado o amor por elas: “Agradeço a Deus pelas filhas que tenho.”
Lili gostava de cozinhar, mas um dos seus hobbies prediletos era comprar roupas. Gostava tanto disso que um dia chegou com um tênis branco e sua filha perguntou: "Mais um tênis, mãe?". Ela deu a desculpa de que o tênis de trabalho estava machucando. Entretanto, quando as filhas foram ver o tênis, perceberam que era igual a um que já tinha e que havia deixado de usar justamente porque machucava seu pé. Mas, segundo sua filha, com a reação da mãe tudo acabou em risadas: “Ela fez aquela carinha do gatinho do Shrek!”
A admiração das suas filhas ficou registrado no depoimento da mais velha, enfermeira e colega de profissão da mãe: “uma pessoa de garra, sempre lutou pelos seus ideais, sempre ajudou a todos, sempre com o sorriso no rosto, com o abraço de urso.”
“Mais que mãe era nossa melhor amiga”, diz ainda sua filha mais velha.
Será lembrada por elas como uma heroína que morreu fazendo o que mais amava: cuidar do próximo!
Eliane nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Guarulhos (SP), aos 50 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Eliane, Anne Caroline Alves da Rocha. Este texto foi apurado e escrito por Beatriz Vasconcellos Dias, revisado por Didi Ribeiro e moderado por Rayane Urani em 8 de junho de 2020.