1969 - 2020
Tinha muita alegria de viver, era generosa e amava suas gatas.
Era vaidosa, adorava bijouterias e maquiagens: lápis preto e rímel tinham que ser destaque no seu rosto. Tinha longos cabelos escuros cacheados, era gordinha e seu estilo de roupa tinha que combinar com todos os acessórios.
Ótima professora, adorava questionar e era viciada nuum cafezinho. Não levava desaforos para casa. Fazia pinturas em tela como ninguém - porém com tantas tarefas na escola, deixou essa habilidade um pouco de lado.
"Fomos bolsistas na faculdade em 2007, falávamos quase todos os dias. Tínhamos muitas afinidades. Quando nos víamos era muita alegria. Eu apertava suas gordurinhas quando a gente se encontrava", disse a amiga, que a considerava como uma irmã, Silvia.
"Tínhamos muitos planos, comprei um apartamento para ficarmos mais próximas. Queríamos ir no museu do Ipiranga para fazer caminhada, assistir espetáculos no SESC. Ela queria me ensinar a dirigir e fazer pão na sua máquina. Elis minha amiga, te amo para sempre. Você será meu anjo da guarda", disse a grande amiga.
Elis nasceu São Paulo e faleceu São Paulo, aos 50 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Beatriz Bevilaqua, a partir do testemunho enviado por amiga Silvia Cristina Coelho Abreu, em 20 de maio de 2020.